domingo, 4 de abril de 2010

BOTANICA - algas


As algas compreendem vários grupos de seres vivos aquáticos e autotróficos, ou seja, que produzem a energia necessária ao seu metabolismo através da fotossíntese. A maior parte das espécies de algas são unicelulares e, mesmo as mais complexas – algumas com tecidos diferenciados – não possuem raízes, caules ou folhas verdadeiras[1].

Embora tenham, durante muito tempo, sido consideradas como plantas, apenas as algas verdes têm uma relação evolutiva com as plantas terrestres (Embriófitas); os grupos restantes de algas representam linhas independentes de desenvolvimento evolutivo, paralelo.

A disciplina da biologia que estuda as algas é a ficologia ou algologia, tradicionalmente uma especialização da botânica.

Relações evolutivas entre os diferentes grupos de algas

"Algas" Procariontes (do Reino Monera ou Bacteria)

As "algas azuis" ou cianofíceas, modernamente classificadas Cyanobacteria como uma divisão dentro do domínio Eubacteria ou "verdadeiras" bactérias (ou reino Monera) foram dos primeiros seres vivos a aparecerem na Terra, com o mais antigo fóssil datado em 3800 milhões de anos (Pré-Câmbrico) e acredita-se que tenham tido um papel preponderante na formação do oxigénio da atmosfera[2].

Estes organismos têm uma estrutura procariótica, sem uma verdadeira membrana nuclear e com os pigmentos fotossintéticos dispersos no citoplasma.

Algas Eucariontes (algumas do Reino Protista e outras do Reino Plantae)

Todos os restantes grupos de algas são eucarióticos (com uma verdadeira membrana nuclear) e realizam a fotossíntese usando organelas chamadas cloroplastos. Os cloroplastos contêm DNA e têm uma estrutura semelhante às cianobactérias – pensa-se que evoluíram a partir de uma alga mais "primitiva" que era endossimbionte.

Grupo Pigmentos fotossintetizantes Substância de reserva
Euglenófitas Clorofilas A e B Paramido
Pirrófitas (Dinoflagelados) Clorofilas A e C Óleo e amido
Crisófitas (Diatomáceas) Clorofilas A e C Crisolaminarina
Feófitas (algas pardas) Clorofilas A e C Laminarina e manitol
Rodófitas (algas vermelhas) Clorofilas A e D Amido da florídeas
Clorófitas (algas verdes) Clorofilas A e B Amido

Há diferentes tipos de cloroplastos, que podem refletir diferentes eventos endosimbióticos. Existem três grupos de organismos que têm cloroplastos "primários":

Nestes grupos, o cloroplasto é rodeado por duas membranas que se pensa terem origem na cianobactéria endosimbionte. Os glaucófitos possuem cloroplastos muito primitivos (denominados "cianelos"), muito semelhantes aos das cianobactérias e mantendo ainda a camada de peptidoglicano entre as duas membranas. Os cloroplastos das algas vermelhas têm uma pigmentação mais próxima das cianobactérias actuais. As algas verdes e as plantas "superiores" tem cloroplastos com clorofilas a e b, esta última encontrada em algumas cianobactérias, mas não na maioria. Estes fatos indicam que provavelmente estes três grupos de plantas têm origem num antepassado comum – uma espécie de alga com uma cianobactéria endossimbionte.

Há dois outros grupos de organismos com clorofila b – as Euglenophyta e as Chlorarachniophyta – mas nestes grupos, os cloroplastos são rodeados, respectivamente, por três e por quatro membranas, que se pensa serem provenientes do próprio ensossimbionte. Os cloroplastos dos Chlorarachniophyta contêm um nucleomorfo reduzido, que poderia ser um resíduo do núcleo do endossimbionte, o que indica que provavelmente são originários de uma alga eucarionte que já possuía cloroplastos. Há uma teoria segundo a qual os cloroplastos da Euglena têm apenas três membranas por terem sido adquiridos por mizocitose em vez de fagocitose.

Os restantes grupos de algas todos têm cloroplastos com clorofilas a e c – que não são conhecidas em nenhum procarionte, nem nos cloroplastos primários. No entanto, algumas semelhanças genéticas entre estes grupos e as algas vermelhas sugerem que existem relações evolutivas entre todos. São os seguinte estes grupos:

Nos primeiros três destes grupos (também conhecidos pelo nome Chromista), o cloroplasto possui quatro membranas e, no grupo Cryptomonadina mantém o nucleomorfo. O cloroplasto do dinoflagelado típico possui apenas três membranas, mas este grupo apresenta considerável variabilidade nos cloroplastos. O grupo Apicomplexa, a que pertence o plasmódio da malária, e que é relacionado com os dinoflagelados (de acordo com o projecto Árvore Evolutiva, estes seres encontram-se agrupados nos Alveolata), não possui cloroplastos típicos, mas sim plastídeos.

As "algas verdes" são modernamente agrupadas em duas linhagens dentro do reino Plantae (ou Viridaeplantae):

Formas de organização das algas

A organização de algas também é chamada de talo. Muitas espécies de algas são seres unicelulares, vivendo livres na água e movendo-se com o auxílio de flagelos ou por movimento amebóide. Algumas espécies não têm movimento próprio e ocorrem no meio ambiente quer na forma cocóide (de coccus, o tipo mais simples de bactéria), quer na forma capsóide, cobertas de mucilagem. No entanto, mesmo as algas unicelulares se agrupam por vezes em formas coloniais, móveis ou não. Alguns destes tipos de organização, que podem ocorrer ao longo do ciclo de vida duma espécie, são:

  • colónia simples – pequenos grupos de células móveis (exemplo: Volvox)
  • colónia palmelóide – grupo de células sem mobilidade embebidas em mucilagem
  • filamento – uma fiada de células unidas, quer pelas paredes celulares, quer por mucilagem; por vezes ramificados
  • colónia parenquimatosa – grandes grupos de células formando um pseudo-talo, por vezes com diferenciação parcial de tecidos.

As algas castanhas, vermelhas e alguns grupos de algas verdes apresentam indivíduos com tecidos totalmente diferenciados em órgãos parcialmente equivalentes aos das plantas "superiores". O corpo do indivíduo é chamado talo e em muitos casos apresenta um estipe, parecido com um caule, mas sem tecidos vasculares, um órgão de fixação que se pode assemelhar a uma raiz, e lâminas foliares, parecidas com verdadeiras folhas.

As formas mais complexas encontram-se na ordem Charales, que aparentemente são os parentes mais próximos das plantas superiores.

Ecologia das algas

As algas têm um importantíssimo papel na biosfera – aliás, sempre tiveram, basta recordar que foram elas as primeiras produtoras de oxigénio no nosso planeta. No presente, elas são as responsáveis pela maior parte da produção nos ecossistemas aquáticos: como produtores primários, elas formam a base da cadeia alimentar desses ecossistemas.

As macroalgas marinhas, ou seja, as que têm dimensões maiores que as do fitoplâncton, como as algas verdes, vermelhas e castanhas, podem, por vezes colonizar grandes porções do substrato, fornecendo refúgio, alimento e mesmo substrato secundário a uma grande variedade de organismos, tornando-se num microhabitat específico dentro dum ecossistema maior.

Algumas algas são excelentes indicadores de determinados problemas ecológicos. Por exemplo, quando se vê um tapete de alfaces-do-mar ou de algas azuis numa zona, isso é normalmente indicador de poluição por excesso de efluentes nitrogenados.

Por vezes, as algas planctónicas multiplicam-se demasiado – normalmente em condições de temperatura óptima e de nutrientes abundantes – formando o que se chama "flor-da-água". Este fenômeno pode ser uma indicação de poluição, como indicado acima, e pode levar à destruição da biodiversidade duma massa de água (lago, estuário), uma vez que as algas que morrem são decompostas, levando à diminuição do oxigénio na água. Mas pode também ser um fenômeno natural, que desaparece quando a temperatura muda e quando os nutrientes são esgotados pelas algas; nesse caso, a população planctónica normalmente regressa aos níveis normais.

Um fenômeno semelhante mas mais grave acontece quando, associadas à poluição, o grande acúmulo de nutrientes provoca um aumento desenfreado das algas Pirrofíceas (Alga Cor-de-Fogo), formando o que se chama maré vermelha. Nesta situação, estes organismos produzem toxinas avermelhadas e podem provocar a morte de uma grande quantidade de peixes e mesmo de aves ou outros animais que deles se alimentam.

Importância das algas para o homem

Além da sua importância ecológica, muitas espécies de algas têm importância econômica para o homem. Algumas são utilizadas como alimento (ver kombu), outras como matéria-prima para a produção de espessantes: de certas Feofícias extrai-se a algina, utilizada na indústria alimentar e de cosméticos; de algumas Rodofícias, obtem-se o ágar, usado na indústria farmacêutica e para a produção de meios-de-cultura de fungos e bactérias em laboratórios[3].

Muitas diatomáceas, que produzem um esqueleto silicioso, são utilizadas na indústria de tintas e de filtros.

Classificação

BOTANICA - Pteridophyta


As pteridófitas são um grupo de vegetais vasculares sem sementes, com o cormo composto por raiz, caule e folhas. Incluem as samambaias e cavalinhas, entre outras

Reprodução das pteridófitas

O seu ciclo de vida possui duas fases alternantes: a fase gametofítica (gametófito) e a fase esporofítica (esporófito). Nas pteridófitas, o esporófito é a fase dominante, de maior porte, ao contrário do que acontece nas briófitas (ou musgos), grupo que antecede as pteridófitas.

O esporófito produz esporos, que são dispersados pelo vento. Os esporos possuem metade do número cromossômico (n) do esporófito (2n), e, ao cairem no solo em condições favoráveis de nutrientes e água, germinam dando origem ao protalo. O protalo é um indivíduo de vida curta que produz gametas para dar origem a uma nova planta[2].

O gametófito é a fase de vida transitória, e normalmente não é enxergado a olho nu. Em muitas espécies, é preciso que haja uma relação simbiótica entre o gametófito e espécies de fungo do solo para que o primeiro consiga sobreviver. O gametófito produz estruturas "sexuais" que irão dar origem a gametas "masculinos" (anterozóides) e "femininos" (oosferas). Para que haja a fecundação é necessária a presença de água. Do zigoto formado pela fusão dos gametas cresce então um esporófito com o número total de cromossomos (2n).

Samambaias e avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas como plantas ornamentais. Porém esta definição geral inclui também vários outros grupos de plantas que actualmente são considerados em várias divisões, uma vez que se descobriu que o anterior táxon era polifilético.


BOTANICA - Bryophyta sensu lato


Bryophyta sensu lato é uma superdivisão das plantas embriófitos não vasculares. São descendentes das algas verdes e foram as primeiras a evoluir no ambiente terrestre há 420 milhões de anos.

As briófitas são um grupo de plantas verdes, sem raizes (mas com um rizóide composto por pêlos absorventes) e também sem um verdadeiro caule ou folhas. São também desprovidas de um sistema vascular, motivo pelo qual se desenvolvem preferencialmente em locais úmidos e protegidos da luz direta do sol, como faces protegidas de pedras e falésias e ramos de árvores (especialmente a sua face inferior, ou a face norte, no hemisfério norte, e a face sul, no hemisfério sul).

As briófitas são criptógamas, ou seja, plantas que não produzem flores. Elas são, na linha evolutiva, a transição entre as algas verdes clorofíceas e as plantas vasculares.

São três, as características que diferem as briófitas das clorofíceas:

  • Presença de gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegônios) com uma camada protetora de células estéreis;
  • Retenção do zigoto e do embrião multicelular em desenvolvimento (esporófito) no arquegônio;
  • Presença de esporófito multicelular diplóide.

Estrutura das briófitas

As conspícuas estruturas verdes são os gametófitos, organismos haplóides, no qual o embrião diplóide desenvolve-se em um esporófito maduro. As estruturas verdes do gametófito são basicamente expansões do eixo caulinar, jamais havendo a produção de folhas verdadeiras (nos musgos, as pequenas "folhas" são chamadas "filódeos" ou "filídeos", e não passam de lâminas com duas camadas de células germinando a partir do eixo principal).

O esporófito é preso ao gametófito por uma haste longa, encimada por uma cápsula, onde os esporos são produzidos e armazenados. É clorofilado e fotossintético apenas nos primeiros estágios de desenvolvimento, e é em certa medida dependente do gametófito.

Os três grandes grupos de briófitas apresentam diferenças quanto ao desenvolvimento do esporófito:

  • As hepáticas possuem esporófitos sem clorofila e com crescimento limitado.
  • Em musgos, o crescimento também é limitado, mas os esporófitos são providos de clorofila.
  • Já em antóceros, o crescimento é ilimitado, e não fosse a ausência total de um sistema radicular, o esporófito poderia se sustentar independentemente do gametófito.

Ecologia das briófitas

As colónias de briófitas são um importante elemento em muitos ecossistemas, desde a tundra à floresta tropical: elas reduzem a erosão dos solos, servem de reservatórios de água e nutrientes, fornecem abrigo à microfauna e funcionam como viveiros para outras plantas em processos de sucessão e regeneração.

Divisões

Tradicionalmente, as briófitas incluem os musgos, as hepáticas, e os antóceros. As briófitas mais comuns são os musgos; estão descritas mais de 10.000 espécies de musgos, o que faz deste grupo o terceiro mais diversificado entre as plantas verdes. As divisões são:

sábado, 3 de abril de 2010

A Importância da Amizade


Quando a gente é criança, Não valoriza a amizade, Mas quando se cresce, Ela é essencial, É especial. Amizade antiga, recente, Amigos ausentes, Amizade que nunca se acaba, Que resiste a tudo. A todas as fofocas, A todas as piadinhas... Amizade é importante, Pelo menos para mim, Para alguns de vocês, Para a maioria de nós. Tantos segredos, De uma vida inteira, De uma infância passageira... Amigos de escola, Desde criança, Criança que não aprendeu ainda o que é amar. Criança que brinca sem malícias, Só por brincar, Para se divertir. Amizade é isso.... é uma corrente que jamais se romperá.

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA BIOLOGIA


A Biologia é um ramo do conhecimento que exerce grande fascínio em todos que nela se aprofundam, pois tenta explicar os fenômenos ligados à vida e à sua origem. Inicialmente, a biologia tinha um caráter mais contemplativo e descritivo da natureza, no entanto, hoje, os diversos avanços tecnológicos têm permitido um estudo mais investigativo e detalhado dos seres vivos e dos processos biológicos.
Devido à grande diversificação e especialização das áreas de estudo da biologia, é pouco provável que uma única pessoa consiga deter todos os conhecimentos disponíveis nessa grande área. Essa diversificação levou ao surgimento de uma infinidade de termos e conceitos específicos em cada subárea. Infelizmente, o estudante que está iniciando na Biologia, muitas vezes se perde nessa terminologia e acaba por não se entusiasmar com a beleza do conhecimento em biologia. A estrutura do nosso ensino médio e a forma de acesso ao terceiro grau tem estimulado esse tipo de atitude. É nosso dever, portanto, mostrar ao estudante recém ingresso na universidade que a Biologia é bem mais do que uma simples "decoreba" para passar no vestibular.
A biologia está presente no nosso dia-a-dia e influencia diretamente as nossas tomadas de decisão, mesmo que não se perceba de pronto. Mas basta observarmos o consumo de bebidas alcoólicas, drogas, alimentos geneticamente modificados, agricultura orgânica, AIDS, gravidez na adolescência, higiene, prática de atividades físicas, preservação do ambiente, poluição, são temas que facilmente explicados com os conhecimentos advindos da biologia. Portanto, o estudo desta ciência requer uma postura mais crítica, para que possamos entender os processos biológicos por uma visão holística e assim tomarmos decisões mais coerentes com a realidade que nos cerca.